Na série de artigos Em Busca do Equilíbrio serão apresentados binômios antagônicos para o desenvolvimento de contrapontos e autorreflexões mais profundas. O objetivo é trazer temas do cotidiano da gestão pessoal e profissional, visando ampliar as análises para a maior profissionalização na gestão cada vez mais consciente.
Importância. O equilíbrio entre a emoção e a razão é importante para o posicionamento nas interações diárias, pois impactam sobre as decisões, comportamentos e relacionamentos. Assim, a avaliação constante das nossas emoções é fundamental para lidar com as situações desafiadoras, especialmente diante dos momentos de conflitos ou de stress.
Emoções. As reações emocionais fazem parte da natureza humana, porém quanto menor o domínio das emoções, maiores os riscos na tomada de decisões, notadamente por meio da impulsividade, com manifestações precipitadas, causando mal-estar e insegurança nas relações.
Pensar. Antes da ação, atitude ou manifestação, é necessário desenvolver mecanismos para desacelerar o processo emocional, visando ampliar a lucidez para compreender o contexto para o melhor posicionamento.
Autoconhecimento. Sem o aprofundamento por meio de autorreflexões e auto-avaliação do próprio modo de funcionar emocionalmente, teremos as reações automáticas e repetitivas. O autoconhecimento exige autopesquisa constante quanto a sua manifestação, visando identificar as falhas e erros cometidos e a partir daí, desenvolver mudanças e autorreciclagens para qualificar as ações e reações.
Razão. Quanto mais desenvolvermos a racionalidade, maiores as chances de compreensão do contexto e a tomada de decisões mais inteligentes. Com o desenvolvimento de maior racionalidade e maturidade, maiores serão os desafios para compreendermos as emoções dos outros sem perder a conexão e a empatia.
Equilíbrio. Quando temos a capacidade de integrar as emoções e a razão de modo equilibrado, é possível tomar decisões mais conscientes e bem fundamentadas. Leva-se em consideração os sentimentos no contexto e também a lógica necessária para o melhor encaminhamento possível.
Desequilíbrios. Quando a emoção se sobrepõe a razão sem análise da situação ou dos fatos, o que ainda é muito comum nas manifestações diárias, temos maiores índices de conflitos, mágoas, rancores e até de raiva, trazendo enormes consequências sobre a saúde pessoal. Sabemos que sem a saúde emocional em dia, a manifestação fica prejudicada, no entanto, temos dificuldades para o autocontrole. As reações inesperadas fazem mal para a própria pessoa e repercutem sobre as pessoas envolvidas no processo. São os relacionamentos tóxicos que travam todo o processo de evolução das pessoas e da própria organização.
Afastamento. O processo de descontrole emocional potencializa sentimentos negativos, promovendo o afastamento das pessoas para o diálogo e gera clima organizacional desconfortável com baixa produtividade. Se conseguimos melhores resultados, por meio de equipes motivadas, a convivência sadia entre todos deve ser valorizada sempre na intenção para fazer o que é o melhor para o grupo.
Paradigma. Quando ficamos presos no nosso paradigma, temos dificuldades para entender o ponto de vista do outro. Essa postura trava o processo e a falta de flexibilidade pode potencializar ainda mais as próprias emoções na convicção de que a sua visão é a correta. Assim, há estreita relação das emoções com a interpretação dada as situações, nem sempre verdadeiras ou completas.
Racionalidade. A busca pela racionalidade é atitude inteligente, visando avaliar o contexto com maior profundidade para o posicionamento com maior equilíbrio e objetividade, permitindo o questionamento e a ponderação. No entanto, é necessário compreender. Cada pessoa está no seu momento evolutivo e dependendo a experiência e conhecimentos acumulados diante de determinadas situações, terá reações emocionais diferentes e níveis de manifestação racional distinta.
Desafio. O desafio é a busca constante de maior conhecimento para compreender em profundidade o que nos leva a determinada reação. Assim vamos percebendo que as emoções não auxiliam no direcionamento adequado e, sim, a racionalidade, a compreensão maior dos diversos pontos de vista. Exige compromisso ético e integridade nas ações e intenções.
Consciência. Quanto maior o nível de consciência sobre as próprias emoções e o que precisa ser desenvolvido para a manifestação mais racional, maior será a perspectiva para o discernimento diante das situações. Ou seja, o que está certo ou errado e o que precisa ser feito para a tomada de decisões mais consciente e inteligente. É o processo da evolução, com mudanças graduais e à medida que dominamos melhor determinado processo emocional, estaremos aptos para outro nível e promover novas melhorias na Autogestão e, por consequência, na Gestão mais equilibrada dos empreendimentos.
MSc Adelino Denk
CRA 1766