Sucessão Familiar Descomplicada

#37 O desafio do controle na sucessão familiar descomplicada

Por carol - 14 janeiro 2025

No processo de sucessão familiar, o controle é uma questão central. Ele é indispensável para garantir a continuidade do negócio, manter a estabilidade e alinhar os interesses das partes envolvidas. Contudo, o excesso de controle pode sufocar a inovação, desmotivar sucessores e criar um ambiente de desconfiança. Encontrar o equilíbrio é essencial para uma sucessão descomplicada e bem-sucedida.

O controle bem-estruturado estabelece diretrizes, define responsabilidades e assegura que os objetivos estratégicos sejam alcançados. Ele é particularmente crítico durante a transição de gerações, quando o risco de descontinuidade e conflitos internos é maior.

O perigo do controle excessivo

Por outro lado, o controle excessivo pode ter efeitos negativos, destacando-se 3 aspectos, dentre outros que podem travar o processo sucessório:

  1. Desmotivação do sucessor: Quando o sucessor sente que suas ideias não são valorizadas, ele pode perder o entusiasmo para manter o ritmo na gestão.
  2. Falta de inovação: O controle rigoroso pode inibir a criatividade e a adaptação às novas tendências de mercado.
  3. Relações desgastadas: Uma postura de microgestão pode levar ao desgaste nas relações entre os membros da família.

Como encontrar o equilíbrio?

O segredo está em alinhar as expectativas e respeitar os limites entre o que precisa ser monitorado e o que pode ser delegado. Exemplos de equilíbrio incluem:

  1. Definir KPIs claros: Utilize indicadores-chave de desempenho para acompanhar os resultados do negócio sem interferir em cada detalhe da operação.
  2. Estabelecer reuniões periódicas: Adote um sistema de governança com reuniões regulares para monitorar o progresso e discutir ajustes, sem necessidade de controle diário.
  3. Delegar com confiança: Permita que o sucessor assuma responsabilidades gradativamente, demonstrando confiança em sua capacidade de decisão.

Esse equilíbrio também pode ser obtido quando a geração fundadora, consciente da necessidade de transição na gestão e ao perceber a necessidade de maior inovação no negócio, estabelece um conselho consultivo composto por membros da família e profissionais externos. Esse conselho passa a ter como função monitorar o desempenho estratégico, enquanto os sucessores recebem maior autonomia operacional. Esse equilíbrio entre controle e liberdade permite o crescimento sustentável do negócio e possibilita aprofundar a qualificação da gestão. O desafio está na dosagem adequada entre controle e a autonomia para agir, descentralizando as atividades. Isso exige profissionais responsáveis e com capacidade de autogestão, ou seja, com autogerenciamento e autocontrole das atividades.

O controle é essencial, mas deve ser ferramenta para viabilizar o crescimento e a inovação, e não obstáculo. Encontrar esse equilíbrio é um dos maiores desafios da sucessão familiar, mas, quando bem gerido, pode ser a chave para o sucesso sustentável e descomplicado da empresa.

E você, como tem lidado com o controle no processo de sucessão familiar? Compartilhe suas experiências nos comentários!

#SucessãoEmpresarial #EmpresasFamiliares #Controle #Autogestão

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