A sucessão familiar e até mesmo de novos profissionais em áreas-chave nas pequenas e médias empresas (PMEs) é um desafio constante, especialmente quando a profissionalização do negócio se torna necessidade para garantir a longevidade e o crescimento sustentável. Nesse processo, a inteligência emocional desempenha papel fundamental, pois envolve não apenas a gestão técnica da empresa, mas também a habilidade de lidar com os aspectos emocionais e relacionais entre os membros da família e também dos profissionais.
O papel da inteligência emocional
Inteligência emocional é a capacidade de identificar, compreender e gerenciar as próprias emoções e resiliência para administrar as dos outros. Em ambiente familiar, onde os laços afetivos estão profundamente enraizados, essas habilidades são essenciais para evitar que conflitos pessoais interfiram nas decisões empresariais. A falta de controle emocional pode facilmente levar a desentendimentos, prejudicando a continuidade do negócio e minando a confiança entre os herdeiros e gestores.
Na sucessão familiar, a transição de poder, a redistribuição de responsabilidades e a adaptação à nova gestão podem gerar incertezas e tensões. Gestores emocionalmente inteligentes são capazes de equilibrar esses desafios, garantindo a comunicação eficaz e ambiente colaborativo, onde o foco é o sucesso de todo o grupo, e não disputas individuais.
Profissionalização e sucessão
A profissionalização de uma empresa familiar vai além da contratação de executivos externos ou da criação de processos. Ela envolve a adoção de mentalidade empresarial madura, onde as decisões são guiadas por dados e estratégias, e não por impulsos emocionais. No entanto, para que essa transição ocorra de maneira eficaz, é preciso que os envolvidos estejam preparados emocionalmente para abrir mão de hábitos antigos e aceitar novas formas de gestão.
Neste sentido, a inteligência emocional facilita a transição, pois ajuda a construir confiança entre os herdeiros, gestores e funcionários. Ela cria ambiente de diálogo aberto, onde as diferenças podem ser resolvidas de maneira construtiva e os erros podem ser transformados em oportunidades de aprendizado.
O exemplo a ser destacado mostra como a inteligência emocional aliada à profissionalização pode levar a sucessão familiar exitosa em PMEs. A empresa do Grupo Jacto – fundado por Shunji Nishimura, com sede no interior de São Paulo, passou por uma transição familiar que teve a inteligência emocional como um dos pilares. A empresa, hoje reconhecida internacionalmente no setor de máquinas agrícolas, conseguiu implementar a gestão profissionalizada mantendo a essência familiar. A abertura ao diálogo e a compreensão das limitações e potencialidades de cada membro da família foram fatores-chave para o sucesso da sucessão.
A inteligência emocional se revela um fator determinante para o sucesso na sucessão familiar de modo profissional, permitindo que os envolvidos gerenciem seus sentimentos, promovam o diálogo e construam ambiente empresarial saudável e colaborativo.
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