Sucessão Familiar Descomplicada

#26 O diferencial da inteligência emocional na sucessão familiar

Por carol - 23 outubro 2024

A sucessão familiar e até mesmo de novos profissionais em áreas-chave nas pequenas e médias empresas (PMEs) é um desafio constante, especialmente quando a profissionalização do negócio se torna necessidade para garantir a longevidade e o crescimento sustentável. Nesse processo, a inteligência emocional desempenha papel fundamental, pois envolve não apenas a gestão técnica da empresa, mas também a habilidade de lidar com os aspectos emocionais e relacionais entre os membros da família e também dos profissionais.

O papel da inteligência emocional

Inteligência emocional é a capacidade de identificar, compreender e gerenciar as próprias emoções e resiliência para administrar as dos outros. Em ambiente familiar, onde os laços afetivos estão profundamente enraizados, essas habilidades são essenciais para evitar que conflitos pessoais interfiram nas decisões empresariais. A falta de controle emocional pode facilmente levar a desentendimentos, prejudicando a continuidade do negócio e minando a confiança entre os herdeiros e gestores.

Na sucessão familiar, a transição de poder, a redistribuição de responsabilidades e a adaptação à nova gestão podem gerar incertezas e tensões. Gestores emocionalmente inteligentes são capazes de equilibrar esses desafios, garantindo a comunicação eficaz e ambiente colaborativo, onde o foco é o sucesso de todo o grupo, e não disputas individuais.

Profissionalização e sucessão

A profissionalização de uma empresa familiar vai além da contratação de executivos externos ou da criação de processos. Ela envolve a adoção de mentalidade empresarial madura, onde as decisões são guiadas por dados e estratégias, e não por impulsos emocionais. No entanto, para que essa transição ocorra de maneira eficaz, é preciso que os envolvidos estejam preparados emocionalmente para abrir mão de hábitos antigos e aceitar novas formas de gestão.

Neste sentido, a inteligência emocional facilita a transição, pois ajuda a construir confiança entre os herdeiros, gestores e funcionários. Ela cria ambiente de diálogo aberto, onde as diferenças podem ser resolvidas de maneira construtiva e os erros podem ser transformados em oportunidades de aprendizado.

O exemplo a ser destacado mostra como a inteligência emocional aliada à profissionalização pode levar a sucessão familiar exitosa em PMEs. A empresa do Grupo Jacto – fundado por Shunji Nishimura, com sede no interior de São Paulo, passou por uma transição familiar que teve a inteligência emocional como um dos pilares. A empresa, hoje reconhecida internacionalmente no setor de máquinas agrícolas, conseguiu implementar a gestão profissionalizada mantendo a essência familiar. A abertura ao diálogo e a compreensão das limitações e potencialidades de cada membro da família foram fatores-chave para o sucesso da sucessão.

A inteligência emocional se revela um fator determinante para o sucesso na sucessão familiar de modo profissional, permitindo que os envolvidos gerenciem seus sentimentos, promovam o diálogo e construam ambiente empresarial saudável e colaborativo.

#SucessãoEmpresarial #EmpresasFamiliares #Gestor-Professor #AprendizagemOrganizacional #GestãodeExcelência

Se inscreva no Linkedin e acompanhe outros temas relevantes sobre sucessão familiar descomplicada.

Compartilhe:

Comentários

Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários